Estudo da Bíblia: Aprenda a Interpretar as Escrituras de Forma Profunda e Significativa
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Estudo da Bíblia – Aprenda a Interpretar as Escrituras de Forma Profunda e Significativa

A Bíblia é vida para nós:

A Bíblia é um conjunto de livros escritos em diversas formas literárias e rico em significado, que podem ser estudados de diversas perspectivas. Quando eu leio as Escrituras, quero encontrar a Palavra da Verdade, a Vida e a Sabedoria milenar de Deus, que nos foi “confiada” (1 Timóteo 6:20a). As Escrituras Sagradas foram escritas por homens divinamente inspirados:

Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (2 Timóteo 3:16, 17).

Como ler a Bíblia:

Quando nos aproximamos da Bíblia para ler, meditar e orar sobre o seu conteúdo, buscamos encontrar a revelação de Jesus, a fonte de Vida: “Vós examinais criteriosamente as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testemunham acerca de mim” (João 5:39). Certa vez Jesus disse a Seus discípulos: “…as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida” (João 6:63b).

Muitos de nós, porém, ao lermos textos das Escrituras Sagradas, nos identificamos com o eunuco etíope que estava no caminho de Jerusalém para Gaza, e vinha lendo o profeta Isaías. Então, o Espírito Santo conduziu o discípulo Filipe até ele que, ouvindo-o ler o profeta Isaías, perguntou: “Compreendes o que vens lendo?”. E, certamente, nos identificamos com a resposta do eunuco: “Como poderei entender, se alguém não me explicar?”. Então, o eunuco convidou Filipe a subir na sua carruagem e sentar-se junto a ele, leu o trecho de Isaías e falou: “Peço-te que me expliques a quem se refere o profeta. Fala de si mesmo ou de algum outro?” (Atos 8:26-35).

Estudo bíblico aprofundado:

Um estudo bíblico aprofundado pode nos ajudar a compreender melhor a mensagem de Deus para nós. Para tanto, precisamos compreender alguns fundamentos, princípios e técnicas de interpretação bíblica que, para lembrar, são de fácil compreensão e identificação quando lemos em uma versão comum em português como a ARA (Almeida Revista e Atualizada).

Qualquer crente, tendo a sua Bíblia em português em mãos, aprendendo estes princípios e técnicas de interpretação da Bíblia, poderá identifica-los nas passagens e ter uma compreensão profunda, um entendimento com uma nova perspectiva e revelação (assista ao vídeo no final deste post para ver uma ministração de demonstração).

É claro que uma leitura superficial do texto não será suficiente para se ter uma compreensão ou revelação do significado profundo do texto bíblico. Por isso, encontramos centenas de escrituras estimulando-nos à meditação na Palavra. Podemos lembrar dos textos do Salmos 1; Josué 1 e o conselho de Paulo a seu filho na fé, Timóteo: “Pondera o que acabo de dizer, porque o Senhor te dará compreensão em todas as coisas…. Medita estas coisas e nelas sê diligente, para que o teu progresso seja manifesto” (2 Timóteo 2:7 e 1 Timóteo 1:14).

Pedro fala que precisamos fazer uma “investigação minuciosa” das profecias: “Foi a respeito desta salvação que os profetas indagaram e inquiriram, os quais profetizaram acerca da graça a vós outros destinada, investigando, atentamente(no grego temos a palavra ἐρευνάω – ereunáo, que significa examinar ou investigar), “qual a ocasião ou quais as circunstâncias oportunas, indicadas pelo Espírito de Cristo, que neles estava, ao dar de antemão testemunho sobre os sofrimentos referentes a Cristo e sobre as glórias que os seguiriam” (1 Pedro 1:10, 11).

Métricas, ritmos e estruturas literárias:

Os diversos textos das Escrituras, tanto do Antigo Testamento (AT) como do Novo Testamento (NT), se conectam através de estruturas métricas, esquemas, padrões organizacionais, padrões tipológicos, ecos verbais e RITIMOS DE REPETIÇÃO. É importante saber que há diversos PADRÕES DE ESTRUTURAS comuns que ocorrem em muitos textos bíblicos. Para compreender as Escrituras, precisamos aprender mais sobre estes padrões de composição. Os textos têm um “movimento” desde o início até seu final. E o leitor precisa navegar neste movimento para receber as revelações que estão abaixo da superfície dos textosabaixo da letra morta.

Para ajudar àqueles que têm fome e sede da Palavra Viva do Senhor, desenvolvi o Curso de Estudo Bíblico com Revelação. O conteúdo do curso é indicado para qualquer pessoa: como um estudo da Bíblia para iniciantes (os “filhinhos”), ou estudo da Bíblia para jovens. E, aqueles que já são mais experientes na Palavra (os “pais”), serão equipados com técnicas e princípios poderosos para compreender a Bíblia em uma nova perspectiva. Ou seja, no curso você encontra “leite para as crianças”, “pão para os jovens” e “carne para os pais”, conforme o apóstolo João descreve as “idades espirituais” dos cristãos em 1 João 2:12-14.

Então, o que proponho no curso online – EAD – é nos assentarmos juntos, para buscarmos estudarmos os princípios básicos para compreensão das Escrituras. O Espírito Santo nos conduzirá a toda a verdade!

Sendo assim, o curso de estudo da Bíblia online te ajudará a compreender a mensagem da Bíblia sem complicações, transformando a sua leitura da Bíblia em uma experiência clara e enriquecedora. O curso desenvolve habilidades para interpretar a Bíblia com clareza e precisão, e ensina as técnicas para interpretar todos os gêneros e contextos da Bíblia de modo simples, porém com muita profundidade

A primeira tarefa: fazer uma boa EXEGESE – “Lá e então”:

A primeira tarefa do intérprete chama-se EXEGESE (etimologicamente, este termo se originou a partir do grego exégésis, que significa “interpretação”, “tradução”, “levar para fora (expor) os fatos” ou “EXTRAIR O CONHECIMENTO”.

A Exegese Bíblica é o estudo cuidadoso e sistemático das Escrituras para descobrir o significado original, o significado pretendido: o LÁ E ENTÃO. A exegese é basicamente uma tarefa histórica e de pesquisa. E a tentativa de escutar a Palavra do mesmo modo que os destinatários originais devem tê-la ouvido; descobrir qual era a intenção original das palavras da Bíblia. Não é necessário ser um especialista para se fazer uma boa exegese.

Na realidade, de algum modo todos nós somos exegetas. A única questão real é se você vai ser um bom exegeta. Quantas vezes, por exemplo, você ouviu ou disse: “O que Jesus queria dizer com aquilo foi…”, ou “Naquele tempo, tinham o costume de”? São expressões exegéticas empregadas mais frequentemente para explicar as diferenças entre “eles” e “nós” – por que não edificamos parapeitos em redor das nossas casas.

Por exemplo: ou para dar uma razão do nosso uso de um texto de uma maneira nova ou diferente – por que o aperto de mão frequentemente tomou o lugar do “ósculo santo”. Até mesmo quando tais ideias não são articuladas, são na realidade praticadas o tempo todo, seguindo uma espécie de bom senso suficiente.

Entendendo os ritmos e as estruturas do texto

Lembro, mais uma vez, que dispomos de boas traduções da Bíblia em português. Elas são confiáveis e, fazendo uma análise cuidadosa dos textos, já contribuirá para abrir a nossa compreensão de forma fabulosa. Além disso, quando você entende os ritmos, as estruturas do texto e os princípios de interpretação, a compreensão será ampliada, como será explicado mais adiante.

O nosso trabalho, durante o curso, será identificar as partes (os elementos importantes do texto: verbos e palavras chaves) e descobrir como elas se encaixam umas nas outras. Sem as “pequenas peças” não haveria um quadro completo. Mas as pequenas peças sozinhas são apenas uma ínfima parte do quadro maior; seu valor final reside na sua contribuição para o quadro como um todo.

A segunda tarefa: a HERMENÊUTICA – “Aqui e agora”:

Embora a palavra “HERMENÊUTICA” geralmente se aplique a todo o campo da interpretação. Inclusive a exegese, também é usada no sentido mais específico, que é o de procurar a relevância contemporânea dos textos antigos. A razão por que não devemos começar com o “aqui e agora” é que o único controle apropriado para a hermenêutica se acha na intenção original do texto bíblico (o “lá e então”).

De fato, o mesmo Espírito que inspirou a escrita da Bíblia pode igualmente inspirar nossa leitura dela. Em certo sentido, isso é verdade, e não pretendemos tirar de pessoa alguma a experiência e a alegria da LEITURA DEVOCIONAL da Bíblia, e o senso de comunicação direta do Espírito Santo envolvido em tal leitura.

Mas a leitura devocional não é o único tipo que se deve praticar. Devemos também ler para meditar, investigar e compreender – “comer” a Palavra. Em suma, você deve também aprender a ESTUDAR A BÍBLIA. E isso nos leva à nossa insistência de que uma boa “hermenêutica” (aqui e agora) começa com uma boa “exegese” (lá e então).

Evitando má interpretação:

Estamos convictos de que o batismo dos mórmons em prol dos mortos, com base em 1 Coríntios 15:29; ou, também, da rejeição da divindade de Cristo pelas testemunhas de Jeová; são todos casos de interpretações inapropriadas. O que foi o “espinho” na carne do apóstolo Paulo e quem eram, realmente, Ananias e Safira, são assuntos facilmente compreendidos se empregarmos o princípio de que Bíblia se explica com Bíblia. Em cada caso, o erro está em sua hermenêutica, exatamente porque sua hermenêutica não é controlada por uma boa exegese. Eles começam a partir do aqui e atualmente e atribuem aos textos “significados” que não representam a intenção original. E o que vai impedir uma pessoa de matar sua filha por causa de um voto impensado, como fez Jefté (Juízes 11:29-40)?

Ou o que vai impedir alguém de alegar, como foi o caso de certo pregador, que uma mulher nunca deve usar coque no cabelo porque a Bíblia diz para não fazer isso?

Técnicas literárias da escrita hebraica:

Todos os livros da Bíblia foram escritos empregando técnicas literárias hebraica, contendo estruturas que contribuem para a ênfase, repetições deliberadas, ritmos e métricas dos textos.

Por exemplo: conhecendo o método de escrita hebraica do Paralelismo (leia o artigo bônus no final), e identificando determinadas passagens em nossa Bíblia em português, poderemos extrair revelação e vida abaixo da “superfície” do texto.

No meu curso de Estudo Bíblico com Revelação ensino mais de dez Técnicas e Gêneros Literários empregados nas Escrituras. Todos são de fácil compreensão e vamos identifica-los nos Evangelhos, nas parábolas, nos livro poéticos e até nos proféticos. Por exemplo, temos o Gênero Literário “Sanduíche”, largamente utilizado no Evangelho de Marcos (assista ao vídeo no final deste artigo). As técnicas do paralelismo, quiasma, repetição e contraste, são largamente utilizados no Evangelho de João e no Apocalipse.

E então?

Portanto, espero que este artigo tenha despertado o seu interesse em aprender a interpretar as Escrituras de forma profunda e significativa. O que será de grande valia para o seu caminhar com Deus, sua vida cristã e seu comissionamento no Corpo de Cristo. Assim, também, na Comissão de fazer discípulos de todas as nações.

Para conhecer o conteúdo programático de nosso Estudo Bíblico com Revelação, CLIQUE AQUI, e você será direcionado para uma página de apresentação do nosso estudo da Bíblia online.


Bônus 1:

Sugiro que você assista o vídeo abaixo aonde explico e demonstro do Gênero Literário Sanduíche, empregado em Marcos 5:21 a 43, a passagem que registra a cura/ressurreição da filha de Jairo.


Bônus 2:

Abaixo segue o link de um post que explico, rapidamente, o gênero literário do Paralelismo Hebraico.

CLIQUE AQUI – Paralelismo Hebraico

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Rai Barreto
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